As formigas são uma praga diferente dos ratos e das baratas, pois têm uma organização social e hierarquias que não se verificam entre as outras pragas. Têm rainha (que é simultaneamente a mãe de toda a colónia), obreiras, soldados, etc. Toda a colónia vive em função da rainha, do bem estar desta e dos ovos por esta postos. Do bem estar da rainha e da sua capacidade de gerar milhares de novas formigas depende o presente e o futuro de toda a colónia. Cada formiga está sempre disposta a sacrificar-se em prol da colónia. O colectivo é mais importante que o individuo.
Quando se apercebem de algum perigo para o formigueiro, as formigas alertam imediatamente as outras. Isolam e selam logo os caminhos para o último reduto, que é onde se encontra a rainha. Se necessário morrem todas as formigas que estão fora, pois basta sobreviver a rainha, e o seu séquito para dar continuidade à colónia.
Daí a dificuldade em exterminar um formigueiro. Só se extermina um formigueiro se se conseguir enganar as formigas com um isco insecticida. Este isco é transportado para o interior da colónia pelas obreiras. É usado para alimentar todos as formigas. Se derem o isco à rainha, missão cumprida, adeus colónia.
No entanto, frequentemente acontece que as formigas se apercebem da mortandade antes de a rainha comer, e aí entra em ação o "gabinete de crise". Neste caso mesmo não tendo sido conseguido exterminar o formigueiro, obteve-se uma enorme redução do número de formigas. Já vai demorar algum tempo até o formigueiro recuperar a pujança.
Óbviamente, as formigas também têm machos. No entanto o papel destes cinge-se únicamente à reprodução. Após a fecundação o macho torna-se descartável e morre. Só voltará a haver machos na colónia, quando for necessário fecundar uma nova rainha.
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