domingo, 30 de março de 2014

Será Vespa Velutina ou Vespa Crabro?

Impõe-se uma correcção a todas as publicações anteriores sobre este assunto das vespas asiáticas. Tenho estado erradamente a designar as Vespas Crabro por Vespas Asiáticas. As Vespas Crabro são endémicas na Península Ibérica e não representam um risco para o ecossistema a não ser que haja um desequilíbrio muito grande. As vespas asiáticas que causam problemas ao ecossistema são as Vespas Velutinas.

Na hiperligação abaixo podem comparar-se imagens de vespas crabro, vespas velutinas e vespulas germânicas.

Região do Zêzere : Ferreira do Zêzere: Será vespa velutina ou Vespa crabro?

terça-feira, 25 de março de 2014

Armadilhas para vespas asiáticas

Durante o mês de Novembro foram posicionadas, na estação de anilhagem de aves na Fonte da Benémola, várias armadilhas caseiras para captura de vespas asiáticas. As referidas armadilhas cumpriram o seu papel, capturando um grande número de vespas. Este ano vamos ficar a saber qual foi o impacto das armadilhas na população das vespas. 
Ao longo do tempo em que se foi observando o resultado da operação verificou-se que, a princípio havia muitas vespas nas armadilhas, e muitas vespas ainda livres. Diminuiu o número de vespas presas nas redes. Mais tarde passou a haver ainda mais vespas nas armadilhas (uma vez lá dentro já não saem), menos vespas a voar, e quase nenhuma nas redes. Posteriormente, já não havia vespas nas redes, nem a voar e as que se encontravam nas armadilhas já estavam mortas. Mas, como as moscas começaram a entrar nas armadilhas, estas não foram recolhidas e ficaram lá todo o inverno quase esquecidas. Ao retomar a actividade da anilhagem após o inverno verificou-se que as armadilhas estavam cheias de moscas até ao gargalo.
Aparentemente, estas armadilhas funcionam também para capturar moscas. No entanto, as moscas só começaram a entrar nas armadilhas quando as vespas já estavam mortas e já não constituíam ameaça para elas.
Nas fotos pode ver-se o estado das armadilhas no início da operação e o seu estado actual. Também pode ver-se o que as vespas fazem ao ficar emaranhadas nas redes.







segunda-feira, 3 de março de 2014

Abelhões. Borboletas. Carochas

Para variar vamos dar destaque, desta vez, a insectos que não constituem praga. E não só não constituem praga, como também prestam um nobre serviço à flora.

As plantas necessitam que o pólen seja transportado de flor em flor para que se efectue a sua fecundação. É um "negócio" entre plantas e insectos. "Vocês podem comer todo o néctar que quiserem. Só queremos que, em contrapartida, levem o pólen de umas flores para outras". "Sim senhor!", concordam os insectos. Mas, as plantas, para garantir que os insectos cumprem a sua parte do acordo, disponibilizam o néctar lá bem no fundo das flores fazendo os insectos fiquem cobertos de pólen. Não há almoços grátis.

São úteis às plantas ao fazer a polinização, e também são úteis às aves ao servir-lhes de alimento. É uma das razões pelas quais não constituem praga. As aves alimentam-se de insectos e ao fazê-lo estão a manter essas populações em níveis equilibrados. 

E aqui encontramos o desafio do controlo de pragas, ao nível da produção agrícola. Da mesma maneira que há insectos que, estão integrados no seu meio, cumprem o seu ciclo de vida, tem predadores e existem em números sustentáveis, há outros que estão fora do seu meio, não têm predadores, reproduzem-se desmesuradamente e causam um tremendo prejuízo. Estes causam duplo prejuízo: económico e ecológico. O ser humano tem de conseguir eliminar os insectos prejudiciais, e ao mesmo tempo deixar incólumes os insectos úteis. No mínimo, é difícil.

Na desinfestação de instalações em áreas urbanas, normalmente, não existe esse problema. Os insectos que lá se encontram estão todos fora do seu meio, não têm predadores, reproduzem-se desmesuradamente, causam prejuízo e arruínam a reputação do cliente. Na maioria dos casos são para exterminar sem contemplações. Deve, no entanto, haver cuidado para não causar danos a pessoas, nem a animais de estimação, nem aos bens existentes no local.

abelhão carpinteiro 



  abelhão terrestre




borboleta cauda-de-andorinha

borboleta monarca

oxythyrea funesta