quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Trajectórias das formigas

Sabia que, para chegar aos lugares que lhes interessam, as formigas escolhem criteriosamente o caminho a tomar?
Nem sempre vão em linha recta, ou pelo trajecto mais curto. Escolhem o caminho mais rápido. Se tiverem que percorrer um caminho composto de superfícies lisas, rugosas e ásperas, elas vão percorrer a maior parte do trajecto em superfície lisa, vão percorrer eventualmente alguma distância em superfície rugosa, e evitarão o mais possível a superfície áspera.
A superfície lisa, embora possa levar as formigas a percorrer uma distancia maior, dá-lhes uma grande rapidez na execução da tarefa. Interessa-lhes não gastar muito tempo no caminho para não estarem expostos a eventuais predadores. 
A superfície rugosa será pontualmente escolhida em alguns troços onde possa ser mais rápido. Por exemplo, se gastarem com esse troço um minuto, e com um troço mais longo em superfície lisa gastariam dez minutos, então vão pelo troço mais curto. 
Uma superfície áspera será quase sempre preterida. Só escolherão uma superfície áspera se gastarem, com esse troço, muito menos tempo do que gastariam com um troço mais longo. Embora seja um troço difícil de percorrer será escolhido porque levará menos tempo do que um troço mais cómodo mas muito mais longo.
É um pouco como as pessoas ao deslocarem-se de um ponto da praia para outro mais longe. Se houver uma passadeira disponível, as pessoas escolhem a passadeira. Não importa que percorram uma distância maior do que percorreriam pela areia.







sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Coitada da gaivota que, em tempos de crise, consegue abicar um peixe. Há logo quem o queira roubar...



As gaivotas também se tornam numa praga, assim como os pombos. Proliferam nas terras piscatórias. Quando os pescadores lavam os barcos e limpam as redes, é um fartar vilanagem. É muito melhor e mais frutuoso apanhar os fragmentos de peixes e moluscos que os pescadores deitam à água, do que ter de pescar um peixe fugidio. Não perdem uma refeição fácil. Por sorte não se afastam muito dos ancoradouros, ou haveria excrementos de gaivota por toda a cidade. Em contrapartida sujam tudo nas imediações dos barcos.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Problemas de baratas em edificações

Um dos problemas que se coloca aos técnicos de controlo de pragas, é a proliferação de baratas no interior de estruturas tais como paredes, nichos, caixas de derivação de águas, alçapões, socos, etc. Estes lugares altamente protegidos no interior das estruturas são uma grande dor de cabeça para o operador e para o cliente. Faz-se o trabalho e aparecem algumas baratas mortas, e parece que a operação vai correr bem. No entanto, passam algumas semanas e continuam a aparecer baratas nas instalações. Repetem-se as inspecções, eventualmente identifica-se mais um ou outro ponto por onde podem as baratas passar e fazem-se novos tratamentos, mas o problema, embora com menos intensidade, persiste. 
Quando isto acontece, significa que as baratas estão instaladas no interior da própria estrutura do edifício. Seja entre os tubos da canalização e as paredes, ou mesmo dentro dos tijolos. Consequentemente estão fora do alcance de qualquer exterminador, pois não se chega lá com insecticida líquido nem com gel insecticida. Neste caso só há uma hipótese de o exterminador ter sorte. Se for fácil para as baratas entrar e sair desses "ninhos", o gel insecticida resolve o problema. As baratas comem o gel, regressam ao "ninho", morrem lá e contaminam as restantes. Se não conseguem regressar ao ninho, não contaminam mais nenhuma barata e a eficácia do gel perde-se. 
Escusado será dizer que, estas situações dão prejuízo a ambas as partes. O prestador do serviço tem prejuízo porque gastou mais meios do que estava orçamentado, e ficou mal visto, pois o cliente invoca sempre que, ou os produtos usados não prestam, ou o técnico não sabe trabalhar. O cliente tem prejuízo porque gastou dinheiro e não viu o seu problema resolvido. Houve casos em que só ficou esclarecido qual era o problema após derrubarem paredes por motivos de remodelação. Só assim foi possível descobrir as paredes recheadas de baratas e ootecas, e perceber que naquelas condições era impossível fazer melhor. Tal como dizia o exterminador. 
Felizmente, estes casos são excepção e não regra.