terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Baratas e doenças

As baratas não picam, não arranham nem mordem. 
No entanto, são disseminadores indirectos de doenças de bactérias, esporos de fungos, vírus, etc. Não são vectores directos de doenças porque não as têm no seu organismo. As baratas adquirem estes agentes patogénicos ao percorrer esgotos, lixeiras, e outros locais imundos. Estes agentes patogénicos aderem às patas, corpo e asas das baratas, e então elas os transportam para as nossas casas. 
Embora acabem por transmitir um grande rol de agentes patogénicos, as baratas são uma espécie de insecto com pouca importância médica. Nem sempre estão em contacto com agentes patogénicos e por isso nem sempre transmitem doenças. Não se comparam com os insectos vectores de doenças tais como paludismo, dengue, doença do sono, etc.
Pode mesmo afirmar-se que as baratas não têm importância médica, se tivermos em conta o seu número e a sua proximidade com o homem. Se as baratas fossem tão eficazes na transmissão de doenças como outros insectos, o homem viveria em pandemia permanente. Basta imaginar que a maioria das instalações, onde se transformam e se confeccionam os alimentos para consumo humano, já teve alguma vez uma praga de baratas. Não quer isto dizer que se deva facilitar na luta contra as baratas. Antes pelo contrário, não se deve correr nenhum risco. 
Se não houvesse mais nenhuma razão, bastaria o simples facto de que as baratas são repugnantes. Ninguém quer comer num prato, ou beber por um copo, por onde se suspeite que elas andaram. Há casos em que as pessoas não só, lavam a loiça depois de a usar como é normal, como também a lavam imediatamente antes de a usar. Como sabem que há baratas nessa casa, há possibilidade que tenham andado por cima desses utensílios. Nestes casos eu pergunto-lhes: -Está à espera de quê, para mandar desbaratizar a sua casa?









sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Uma cave cheia de baratas. O dia seguinte.

Este era o panorama no dia seguinte à desbaratização de uma cave com sérios problemas de baratas.
Vê-se uma ooteca de barata americana que foi largada prematuramente pela fêmea ao sentir que a morte estava próxima, devido ao insecticida. Esta é uma particularidade das baratas: ao compreender que estão contaminadas com algo, elas cortam as ligações com a ooteca e largam-na, na esperança da mesma não ser contaminada e poder sobreviver.

Uma cave cheia de baratas

Hoje foi dia de ir fazer uma desbaratização a uma cave com sérios problemas de baratas. Uma vez identificados os pontos críticos e o compartimento mais afectado, meti mãos à obra. Apliquei insecticida micro-encapsulado nas caixas de visita dos esgotos, nas fendas, noutros esconderijos e zonas envolventes. No caso concreto era uma infestação de baratas americanas, que dali se expandia para outras zonas do edifício. Quinze minutos depois voltei a esse compartimento para ver como paravam as modas. Não foi nenhuma surpresa ver as baratas correndo em agonia por todo o lado. E lá fizeram juz à expressão "corriam que nem baratas tontas".


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Asas das baratas

Frequentemente ouço as pessoas comentar que, "havia lá baratas, enormes, com asas e tudo!", ou "havia lá baratas, pequeninas, com asas e tudo!", "são tão grandes que até voam!", "são bastante pequenas mas, até voam!". 
De facto, todas as baratas são aladas. Têm dois pares de asas: o par anterior, as tégminas, e o par posterior, as membranosas. Habitualmente, só vemos as tégminas, pois estão colocadas sobre as membranosas, e funcionam também como protecção destas. 
Só vemos as quatro asas em simultâneo quando alguma coisa causa irritação às baratas, e elas abrem as asas e tentam voar. Também tentam voar quando é feita uma desbaratização com insecticida piretróide e são pulverizadas directamente com o líquido. Esta família de insecticidas causa uma grande irritação e desconforto nas baratas. Ao sentir a acção do insecticida no corpo as baratas tentam, em desespero de causa sair daquela situação, abrem as asas, esperneiam, correm como "baratas tontas"... Como se aguentam algum tempo no ar, com as asas abertas e em movimento, chega a parecer que estão a voar. 
Apesar das asas, voar não faz parte das capacidades das baratas. Neste caso, pode dizer-se que respeitam as leis da aeronáutica, pois não têm características para voar. Fazem o contrário dos besouros. Reza a aeronáutica que os besouros não podiam voar, porque têm um corpo volumoso e pesado, não têm configuração aerodinâmica, etc, etc. Só que os besouros ganham sustentação no ar quando abrem os élitros e acrescentam o batimento do 2º par de asas. Quando vemos alguma barata a voar, não está de facto a voar mas sim a planar. As tégminas dão alguma sustentação no ar mas, o 2º par de asas não desenvolve batimento suficiente para mais do que planar.
A explicação para o facto das baratas não voarem talvez seja a de que, não necessitam. Como encontram sempre esconderijos, comida e água em abundância nas estruturas construídas pelo Homem, têm de desenvolver outras capacidades, tais como deslocar-se rapidamente e esgueirar-se para esconderijos apertados. São uma espécie com tanto sucesso neste planeta que não lhes convém alterar nada. Quando as condições se alterarem e for necessário voar, elas adaptar-se-hão e desenvolverão a capacidade de voar.




quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Formigas. No aproveitar é que está o ganho

Ao criarmos condições para usufruirmos plenamente de nossas casas, estamos também, involuntariamente, a criar condições para outras espécies lá se instalarem. Essas condições são: refúgio, alimentação, água, calor no inverno, fresco no verão, etc. Refúgio e esconderijos criamos automaticamente só pelo simples facto de construir uma casa, paredes, tectos falsos, socos, tubagem para a instalação eléctrica, etc. Alimento e água fornecemos juntamente com o que armazenamos para nosso consumo. Calor no inverno providenciamos para nós próprios ao aquecer o ambiente das nossas casas para nos protegermos do frio. Fresco no verão garantimos quando queremos evitar o calor em casa.
Tudo isto são condições que também satisfazem os nossos indesejáveis hóspedes (roedores, aracnídeos, insectos, etc). Todos esses seres pensam que, "se é bom para eles, humanos, então também é bom para nós". E tratam de se instalar, de armas e bagagens, nos nossos aposentos.
Uma dessas espécies é a formiga, que ancestralmente tira proveito das estruturas que construímos. Instalam-se nas cavidades ocas dos tijolos, nas fendas de paredes, e em qualquer cavidade que achem adequada para estabelecer a colónia. Usam os tubos de pvc por onde passam os fios eléctricos, como vias de comunicação para chegar a todas as divisões de uma casa. Também utilizam para o mesmo propósito os tubos por onde passa a canalização da água.
Recentemente, apareceu uma melhoria no aquecimento das casas, vivendas e apartamentos, que foi o chão radiante. Com esta alteração, o aquecimento passou não só a ser uniforme em toda a casa, como também passou a ser uniforme durante todo o inverno. Na práctica, veio a eliminar o período frio nas nossas casas. Por conseguinte, passou a ser sempre verão dentro de casa. É até melhor para as formigas que o próprio verão, pois a fonte de calor está no interior. Deixaram ter de se refugiar no formigueiro durante o inverno.
Ora, sabendo que o período de desenvolvimento das espécies é no verão, é fácil compreender que, nestas condições, as colónias aumentem exponencialmente, e se torna muito mais difícil fazer o controlo da praga.
As várias rainhas das várias colónias estão bem protegidas em locais inacessíveis quer para o cliente, quer para o técnico.
Numa situação destas a empresa de desinfestação tem que recorrer a todo o arsenal de insecticidas e a toda as informações de que dispõe sobre a praga em causa. É importante, também, comunicar ao cliente que os resultados não vão ser instantâneos. Vai haver momentos em que parece que a praga está a ser debelada, e vai haver outros momentos em que todo o trabalho feito parece ser em vão.
Seria bom poder inundar de insecticida todos os espaços, todas as frestas, todas as gretas, todas as cavidades onde as formigas se estabelecem, ou usam como vias de comunicação. Se fosse possível fazer isso os resultados seriam imediatos e duradouros. Há inúmeras razões pelas quais não se pode fazer isso. Se houver contacto com fontes de energia eléctrica, não se pode usar insecticida líquido, por motivos óbvios. Se a área a tratar tiver acabamentos nobres e melindrosos, ou outros bens sensíveis, não se pode usar líquido para não estragar. Se houver alimentos, não se pode usar insecticida líquido para não os contaminar.
O vídeo ilustra uma excepção à regra e mostra como não se deve agir no interior de uma habitação. Foi tratado um canteiro que ia ser remodelado, não havia fontes de energia eléctrica, nem acabamentos melindrosos, nem alimentos de espécie alguma. Não havia nenhuma limitação para a quantidade de substancia activa utilizada.


sábado, 4 de janeiro de 2014

Danos provocados pelos ratos

Os ratos têm a capacidade de danificar qualquer coisa. Literalmente qualquer coisa. Tanto danificam objectos valiosos como objectos sem valor. Podem danificar objectos com valor comercial ou sem valor comercial, com valor sentimental ou sem valor sentimental. Estragam bens para se alimentar, estragam bens para se abrigar, e estragam os bens onde defecam e urinam. E, o pior de tudo, é que danificam muito mais do que necessitam efectivamente. 
Quando se apoderam de produtos alimentares empacotados não inutilizam apenas a quantidade que efectivamente comem; destroem 10 vezes mais  quantidade. 
Por exemplo, se houver 10 pacotes de bolachas disponíveis, e eles não comerem mais do que 1 pacote, poderiam deixar os restantes pacotes intactos. Mas o que acontece é que, eles comem um pouco de cada pacote roendo os 10 pacotes. Certa vez, destruíram uma palete de ração para cães que se encontrava armazenada. De toda aquela quantidade eles não comeram nem 5 kg, e contaminaram 250 kg de mercadoria.
Se forem fazer ninho numa caixa que contenha, por exemplo, toalhas, destroem no mínimo 5 toalhas, dependendo da maneira que fizerem o túnel. Podem até destruir 50 toalhas, e afinal só necessitam da quantidade correspondente a 1 toalha. Numa ocasião, foram fazer ninho numa caixa de fatos de treino de marca, e furaram todos ao nível do ombro esquerdo. Destruíram os casacos e "pouparam" as calças. Mas já não se puderam vender. No entanto, usaram uma quantidade mínima de tecido.
Quando urinam ou defecam, fazem-no por todo o lado, não escolhendo um lugar específico para esse efeito. E assim contaminam uma superfície muito mais ampla. Houve um armazém onde estavam guardados móveis antigos e sofás de sala com grande valor sentimental para os donos, e os ratos conspurcaram, sujaram e contaminaram tudo com fezes e urina. Foram recuperados após uma onerosa restauração.
Certamente que, os ratos não actuam desta forma com o intuito expresso de causar prejuízo. Podemos considerar que não é dolo, mas sim negligência. Apenas lhes importa sobreviver. E a nós, empresas de desinfestação e clientes, compete-nos identificar a existência de uma praga de ratos antes que ocorram os prejuízos.

danificaram as rolhas, conspurcando a água, e não beberam toda


roeram o milho por dentro e não o comeram todo



perfuraram o garrafão das azeitonas, comeram uma ínfima parte delas e conspurcaram o resto