quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Problemas de baratas em edificações

Um dos problemas que se coloca aos técnicos de controlo de pragas, é a proliferação de baratas no interior de estruturas tais como paredes, nichos, caixas de derivação de águas, alçapões, socos, etc. Estes lugares altamente protegidos no interior das estruturas são uma grande dor de cabeça para o operador e para o cliente. Faz-se o trabalho e aparecem algumas baratas mortas, e parece que a operação vai correr bem. No entanto, passam algumas semanas e continuam a aparecer baratas nas instalações. Repetem-se as inspecções, eventualmente identifica-se mais um ou outro ponto por onde podem as baratas passar e fazem-se novos tratamentos, mas o problema, embora com menos intensidade, persiste. 
Quando isto acontece, significa que as baratas estão instaladas no interior da própria estrutura do edifício. Seja entre os tubos da canalização e as paredes, ou mesmo dentro dos tijolos. Consequentemente estão fora do alcance de qualquer exterminador, pois não se chega lá com insecticida líquido nem com gel insecticida. Neste caso só há uma hipótese de o exterminador ter sorte. Se for fácil para as baratas entrar e sair desses "ninhos", o gel insecticida resolve o problema. As baratas comem o gel, regressam ao "ninho", morrem lá e contaminam as restantes. Se não conseguem regressar ao ninho, não contaminam mais nenhuma barata e a eficácia do gel perde-se. 
Escusado será dizer que, estas situações dão prejuízo a ambas as partes. O prestador do serviço tem prejuízo porque gastou mais meios do que estava orçamentado, e ficou mal visto, pois o cliente invoca sempre que, ou os produtos usados não prestam, ou o técnico não sabe trabalhar. O cliente tem prejuízo porque gastou dinheiro e não viu o seu problema resolvido. Houve casos em que só ficou esclarecido qual era o problema após derrubarem paredes por motivos de remodelação. Só assim foi possível descobrir as paredes recheadas de baratas e ootecas, e perceber que naquelas condições era impossível fazer melhor. Tal como dizia o exterminador. 
Felizmente, estes casos são excepção e não regra.



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